quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Rio Bom decreta situação de emergência por causa seca

O prefeito de Rio Bom, Mauro Pinto de Andrade (PSDB), decretou ontem situação de emergência no município em função da estiagem que já causa grandes prejuízos para os produtores rurais. Segundo ele, não chove em Rio bom desde 21 de novembro de 2011, atingindo ontem 51 dias de seca total.
Rio Bom é o primeiro município do Estado a decretar situação de emergência em função da seca. A Coordenadoria de Defesa Civil do Paraná informou ontem, em seu site, que está monitorando 27 cidades do Oeste e Sudoeste afetadas pela estiagem. Até ontem, nenhuma havia adotado esta medida.
Em Rio Bom o fenômeno climático provoca perdas de até 100% na cultura do fumo, de 90% nas lavouras de milho e de 60% nas áreas de soja. Boa parte das pastagens está completamente seca, resultando na má alimentação do rebanho bovino. Com isso, a queda na produção leiteira é de 30%. Os riachos e açudes estão com níveis de água bastante baixos. Muitos animais estão sofrendo com a falta de água.
O prefeito Mauro de Andrade baixou o decreto com base em relatório de perdas na agricultura e na pecuária elaborado pelo secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, técnico em agropecuária Antônio José Fernandes, pelo agrônomo Mário Haeitmann Filho, do escritório local do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PR), e pelo agrônomo Roberto Yoshida, da assistência técnica privada.
“Não sei o que está acontecendo, pois tem chovido em municípios vizinhos, mas aqui em Rio Bom, nada”, diz desolado o prefeito Mauro de Andrade. Ele assinala que a situação dos agricultores é de desespero, por isso decidiu decretar situação de emergência para que algum socorro possa vir do governo estadual. Com base no decreto, os produtores rurais também poderão elaborar laudos visando ser contemplados com o seguro agrícola.
“Eu já perdi 90% do milho”, diz o agricultor Maicon Leandro Brizola, 32 anos, do Sítio São José, no bairro do Cruzeiro. Ele plantou três alqueires da cultura com recursos de R$ 7 mil do Pronaf, mas acha que não terá produção alguma.
Hélio Fernandes de Oliveira, 52 anos, do Sítio Pinhalzinho, também do Cruzeiro, plantou 8 mil pés de fumo, porém já contabiliza perdas de 90% da produção. A lavoura, que foi plantada há três meses, deveria estar hoje com até um metro e meio de altura e verde, mas atinge no máximo 40 centímetros e está toda amarelada e seca.


Fonte: TnOnline

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