Aproveitando o clima de Copa do Mundo, confira uma lista com 5 filmaços, sobre futebol e copa.
Não gostou da lista? Comente e dê sua opinião, cite outros filmes que não foram citados. Fça a sua lista!
5º – Pelé Eterno (2004)
Esse é um filme para quem gosta mesmo de futebol. E é um filme que tira todas as dúvidas sobre Pelé ter sido ou não o maior jogador de todos os tempos. O filme segue a trajetória linear dos documentários-biografias que contam a vida de alguém desde a infância até determinado ponto (até porque Pelé ainda não morreu). Há depoimentos de colegas, familiares e amigos e muitas cenas raras, como as da final da Libertadores da América de 1962, vitória do Santos de Pelé sobre o Boca Júniors por 2×1. Na época do lançamento do filme, foi dado grande destaque à reconstituição eletrônica de um gol que, segundo o próprio Pelé, seria seu gol mais bonito, contra o Juventus de SP no Estádio da Rua Javari. Interessante é ver como seis anos podem tornar algumas coisas datadas, em especial quando se trata de computação gráfica. “Pelé Eterno” é um filme para quem não gosta de futebol manter-se distante. Mas, para quem gosta de futebol, é um bom filme.
4º – Duelo de Campeões (The Game of Their Lives, 2005)
Um dos arquétipos de filmes esportivos: uma equipe realmente fraca, mas de boas pessoas, se realmente focada e guiada por ideais nobres pode derrotar um adversário poderoso, porém arrogante. Mesmo se no final a equipe não se sagrar campeã, ela voltará para casa com a missão cumprida e a lição aprendida. Essa história é contada tendo como protagonista a seleção norte-americana de futebol na Copa de 1950, no Brasil. Foi quando ocorreu a maior façanha da história do futebol dos EUA: a vitória de 1×0 sobre a Inglaterra em Belo Horizonte. Apesar da vitória sobre a poderosa Inglaterra os norte-americanos foram eliminados na primeira fase depois de sofrerem derrotas para Espanha e Chile. O filme é protagonizado por Gerard Butler, que começava a adquirir experiência sobre comandar minorias aguerridas que seriam derrotadas por inimigos superiores.
3º – Barbosa (1988)
Mais um filme sobre a Copa de 1950, mas dessa vez um curta. A Copa de 1950 talvez seja o maior trauma esportivo brasileiro e Antônio Fagundes tenta exorcizá-lo voltando no tempo e impedindo que ele aconteça. O curta é interessante e o desfecho bastante inusitado. Assista Aqui o Documentário, que possui 12 minutos!
2º – O Milagre de Berna (Sönke Wortmann, 2003)
A Copa, dessa vez, é a de 1954. A segunda Copa pós-Segunda Guerra Mundial foi a primeira da Alemanha Ocidental, destroçada pela guerra. Uma seleção nacional de um país que não podia, naquele momento, ter orgulho nacional. Um time destroçado de um país destruído. Aos trancos e barrancos, os alemães classificaram para a final onde enfrentariam aquela que já era, para muitos, a dona daquela Copa: a Hungria de Puskas. A Hungria estava invicta há quatro anos e, naquela Copa, havia feito 25 gols em quatro jogos. Um filme sobre superação e também sobre orgulho. Antes de um filme de esporte, um filme legal de se assistir.
1º – Todos os Corações do Mundo (1995)
A FIFA produz, desde 1958, um filme oficial sobre a Copa do Mundo. “Todos os Corações do Mundo” é o filme oficial da Copa de 94, nos EUA. Essa é uma Copa muito especial para a minha geração, a que está na casa dos 30 e alguma coisa: foi a primeira vez que testemunhamos o Brasil chegar a uma final e ainda por cima vencemos. O filme conta com imagens que para nós já são clássicas: Dunga e a mão crispada, comemorando o gol de pênalti na final, Baggio com as duas mãos na cintura e olhando para o chão depois de perder o pênalti, Romário malandramente se esquivando para que o chute de Branco entrasse contra a Holanda e aquela que é a imagem mais forte, acho, da copa: Bebeto e seu gol embala-nenê, que marcou a vitória brasileira sobre os EUA em pleno 4 de julho.
Tecnicamente falando “Todos os Corações do Mundo” é um documentário sobre esporte. E nesse sentido é muito bom. O som das torcidas nas arquibancadas, as expressões dos jogadores, os pequenos e sutis movimentos são ricamente captados por muitas (e bem colocadas) câmeras. O trabalho de mixagem e edição também é primoroso, assim como a montagem, que pode destruir um filme como esse, e, no caso, ajuda a torná-lo bom. Um detalhe que torna o filme engraçado são os uniformes, que eram o que existia de fashion e moderno em 1994 e hoje parecem muito, mas muito datados. Quem duvida que dê uma googlada por “USA 94” e veja, por exemplo, a camisa azul-estrelada da seleção norte-americana.
A nota triste do filme vem na dedicatória ao zagueiro colmbiano Escobar. A Colômbia chegou aos EUA como uma das favoritas ao título e decepcionou. Escobar fez um gol-contra no jogo contra os EUA que ajudou a desclassificar a Colômbia. Ao regressar ao seu país o zagueiro foi executado em um bar em função do ocorrido. O esporte, as vezes, é levado a sério demais.
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