A promotoria de Jacarta, na Indonésia, decidiu prender "de forma imediata" o ex-editor-chefe da revista Playboy no país, Edwin Arnada, condenado a dois anos de prisão por publicar "material indecente", informou nesta quinta-feira (26) a imprensa local.
O oficial da promotoria Muhammad Yousef disse que a decisão foi tomada após receber em seu escritório uma cópia da sentença emitida pela Suprema Corte da Indonésia em julho de 2009, que condenava Arnada pela publicação de fotografias de mulheres com pouca roupa.
- Dei a ordem para que se apresente em meu escritório na segunda-feira (30). A carta será enviada outras duas vezes caso não responda. Vamos detê-lo à força caso ignore o terceiro aviso.
Arnada foi condenado pelo Supremo depois que grupos radicais islâmicos recorreram da sentença de um tribunal do distrito sul de Jacarta, que absolveu o editor em 2007.
Na ocasião, o juiz Efran Basuning avaliou que as imagens, que não mostravam mulheres nuas, não podiam ser consideradas pornográficas e, por isso, não violavam a lei.
A Frente de Defensores do Islã (FDI), organização que apresentou o recurso, se mobilizou contra a venda da Playboy no país. Após a publicação da primeira edição, em abril de 2006, vários ativistas da FDI apedrejaram os escritórios da revista, que deixou de ser editada pouco depois.
A Indonésia é o país com a comunidade muçulmana mais numerosa do mundo, e a maioria de seus moradores pratica um "Islã moderado". Os serviços de censura são, habitualmente, muito mais tolerantes que os de países árabes.
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