Em geral, os métodos que utilizam hormônios para impedir a ovulação e por conseqüência a gravidez, são considerados os mais confiáveis. Exemplos: A pílula anticoncepcional, o anel vaginal e o adesivo transdérmico.
Entretanto, esses métodos têm um ponto fraco: nenhum deles barram as chamadas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), especialmente a Aids.
Há ainda um grupo de anticoncepcionais bem mais radicais: as cirurgias.
Elas podem interromper o caminho do óvulo ao útero (a ligadura das trompas, no caso da mulher) ou evitar que haja espermatozóides na ejaculação (a vasectomia, para o homem). "São opções definitivas, porque a operação de reversão é difícil e nem sempre bem-sucedida", diz o ginecologista Jorge Villanova Biazús, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Opções não faltam
- DIU
O que é: Plástico com cobre em forma de T, inserido no útero através da vagina. Ele dificulta a passagem do espermatozóide e impede que o óvulo fecundado se fixe na parede do útero.
Vantagens: Inibe a menstruação em 80% dos casos. Pode ser uma boa opção para mulheres que sentem enjôos com pílula.
Desvantagens: Não protege contra DSTs e pode sair do útero sem que a pessoa se dê conta. Para algumas mulheres, a colocação incomoda .
- Métodos "Naturais"
O que são: Os mais famosos são o coito interrompido, quando o homem retira o pênis da vagina antes da ejaculação, e a "tabelinha", que consiste em não fazer sexo durante o período fértil da mulher.
Vantagens: São métodos naturais, sem a presença de hormônios ou barreiras físicas.
Desvantagens: Não protegem contra DSTs e são muito pouco confiáveis. No caso do coito interrompido, o problema é que o líquido que lubrifica o pênis antes da ejaculação já pode conter espermatozóides. Para a tabelinha, depende que a mulher menstrue sempre em um período determinado, mas a margem de erro do período fértil é grande e as falhas são comuns.
- Anel Vaginal
O que é: Um anel colocado no fundo da vagina que lidera hormônios para impedir a gravidez. A cada mês, o anel é removido por uma semana, permitindo menstruação normal.
Vantagens: Alta eficiência. Os efeitos colaterais e a ocorrência de sangramentos irregulares são pequenos.
Desvantagens: Não protege contra DSTs. Algumas mulheres podem apresentar irritação na vagina, com aumento de secreção.
- Diafragma
O que é: Anel com película de borracha que barra a entrada dos espermatozóides do útero. É inserido na vagina antes da relação e retirada até 12 horas depois.
Vantagens: Não exige pausa na relação sexual para ser colocado. A mulher pode pôr o diafragma horas antes do encontro.
Desvantagens: Não protege contra DSTs. Tem baixa eficiência se não for usado com outro anticoncepcional, como um espermicida (que mata os espermatozóides).
- Pílula
O que é: Comprimido que interrompe a ovulação por meio da ação de dois hormônios. As mais comuns são a pílula de uso contínuo, tomada por três semanas a cada mês, e a pílula do dia seguinte, usada até 72 horas após a relação sexual.
Vantagens: Quando bem utilizada, possui eficiência superior a 99%, além de diminuir o sangramento durante a menstruação.
Desvantagens: Não protege contra DSTs. Algumas mulheres têm dores de cabeça e enjôos, especialmente com a pílula do dia seguinte, que contém uma dose mais forte de hormônios.
- Camisinhas ou Preservativos
O que são: Capas de lâtex que impedem o contato do espermatozóide com o óvulo.
Vantagens: Se bem utilizados, impedem a gravidez em 95% dos casos, também protegem contra DSTs , como a aids.
Desvantagens: Perdem a eficiência quando aplicadas de forma inadequada. Se a camisinha for colocada no pênis com ar na ponta, ela pode estourar ou rasgar.
- Adesivo Transdémico
O que é: Adesivo de 20 cm que libera hormônios para evitar a ovulação. É trocada a cada sete dias por três semanas. Na quarta semana, não se usa o adesivo.
Vantangens: Colocação simples. Outra opção contra os efeitos colaterais da pílula.
Desvantagens: Não protege contra DSTs e não pode ser retirada nem na praia.
- Implante Subdérmico
O que é: Bastonete inserido sob a pele dp braço, que lidera um hormônio anti-ovulação. Seu efeito dura até cinco anos.
Vantagens: Além da alta eficiência (o risco de gravidez é de apenas 0,05%), interrompe a menstruação, as cólicas e a tensão pré-menstrual (TPM).
Desvantagens: Não protege contra DSTs. Para retirar o implante, é preciso fazer uma pequena cirurgia.
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