Acontece que todo e qualquer resíduo trazido da Lua em missões espacias é considerado propriedade do governo americano. Ao que parece, Joann não achou que colocar a sua amostra a venda criaria muitos problemas. Inclusive, a investigação só teve início graças a um e-mail enviado por ela para a própria NASA em maio deste ano, em uma tentativa de procurar um comprador para o seu exótico souvenir.
No e-mail, Joann escreveu: "Estive procurando pela Internet por meses tentando encontrar um comprador. Se você faz ideia de como eu posso proceder para vendê-lo, por favor, me ligue". E, de fato, ela recebeu uma ligação algum tempo depois. Do outro lado da linha, um agente engatilhou uma falsa negociação. Ao telefone, a idosa demonstrou saber que a poeira lunar somente poderia ser vendida no mercado negro e que, por isso, ela buscava maneiras informais de efetuar a negociação. Ao final, ela concordou em fechar a venda por nada menos que US$ 1,7 milhão.
O dinheiro, garantiu a idosa, seria em grande parte destinado a custear o tratamento de seu filho doente, além de garantir uma boa herança para seus familiares. Os planos de Joann, no entanto, nunca puderam sair do papel. Após algum tempo de investigação, agentes da NASA foram até o restaurante gerido pela idosa e seu atual marido, na Califórnia, e a questionaram sobre a tentativa de lucrar com algo que seria "propriedade do governo".
De acordo com ela, foram duas horas de interrogação, período em que ela foi tratada com brutalidade. Ao fim, a NASA levou embora o minúsculo grão, mas não registrou queixa nem tomou medidas legais pela infração cometida. A história, no entanto, ainda não ganhou o seu ponto final. Isso porque o advogado de Joann, Peter Schlueter, planeja entrar com um processo contra a NASA pelo tratamento dado ao caso.
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