Aquela água oxigenada que compramos na farmácia vem bastante diluída em água destilada. A classificação da concentração é feita em “volumes” (a mais fraca de uso caseiro é 10 volumes e a mais forte, de uso em hospitais tem 20 volumes), os volumes quer dizer que a água oxigenada é 10 ou 20 vezes o seu volume em oxigênio. Pura, sem diluição, a água oxigenada é uma substância perigosa, que pode causar sérias lesões na pele, pois com esse átomo de oxigênio adicional torna a água oxigenada muito instável. Ou seja, ao expor a substância ao ar, ela perde facilmente aquele oxigênio adicional. Por causa disso, os frascos devem ser mantidos sempre muito bem fechados.
O nosso sangue (e o plasma) presentes em feridas expostas contém substâncias (como enzimas) que reagem quimicamente com a água oxigenada, e provoca a liberação mais rápida do átomo de oxigênio que estava “sobrando”. A liberação deste oxigênio faz o líquido borbulhar e no final só fica mesmo a água.
Mas por que a água oxigenada é usada nas feridas? Bem, ela é usada principalmente, para assepsia de ferimento, pois o processo de desprendimento do oxigênio instável da solução acaba matando grande parte das bactérias anaeróbicas (aquelas que precisam de ambientes anóxidos, sem oxigênio). Com tanto oxigênio elas acabam não resistindo.
Na água oxigenada cremosa, temos uma base cosmética, mas o princípio ativo é o mesmo!
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