quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Meteorologistas dizem que não chovia no horário em que pedra de gelo caiu

Um mistério na cidade de Catanduva, a 385 km de São Paulo. Os moradores contam que uma enorme pedra de gelo caiu do céu e destruiu o telhado de uma casa. Os meteorologistas dizem que até choveu nesta terça-feira (15) em Catanduva, mas não na hora da queda. Apenas uma residência foi atingida, por uma única pedra, o que descartaria uma chuva de granizo.
Os moradores confirmam que não estava chovendo no momento do incidente, por volta das 17h30 de terça-feira. Os meteorologistas afirmam que, para dizer o que aconteceu, precisariam analisar melhor o caso. Uma hipótese, no entanto, foi levantada por um cientista de São José do Rio Preto, o físico Alexandre Neves.
Ele diz que partículas de gelo podem ter se formado no alto da atmosfera, onde a temperatura pode atingir 40 graus negativos. As partículas foram subindo e descendo e se agrupando cada vez mais. Quando a pedra ficou muito grande e pesada, caiu na casa. Mas o próprio físico diz que essa é uma hipótese rara. Imagens mostram o enorme buraco que ficou no telhado da casa. O impacto foi tão forte que as telhas e parte do forro desabaram. A casa ficou cheia de poeira, que virou lama depois que parte do gelo derreteu. O dono da casa, Sinésio de Oliveira, de 74 anos, estava no sofá, em frente à televisão. Ele foi levado para o hospital em estado de choque, com ferimentos leves nas pernas, e já recebeu alta. O cunhado dele recolheu alguns pedaços que sobraram do gelo e guardou tudo no congelador. Moradora da região, a administradora de empresas Giselle Tânia Todaro estava na varanda quando tomou um susto enorme. “Ouvi um barulho e olhei e vi um negócio caindo. Era mais ou menos um metro de diâmetro”, afirmou. O sargento do Corpo de Bombeiros que atendeu a ocorrência, Carlos César Guélfi, também está surpreso. “Tenho 22 anos de serviço. Eu nunca vi um caso desses. E foi um caso isolado aqui na cidade. Não tinha tempo de chuva aqui, não tinha nada. Então, é um caso bem raro mesmo.” (G1)

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