O cantor sertanejo G.J.Q., de 40 anos, preso no domingo (25) por suspeita de tráfico de drogas, cantarolou na delegacia de Jales, a 585 km de São Paulo, antes de ser transferido para a penitenciária. “Era para associarmos a música à pessoa”, o agente da Polícia Federal Wladi Gouvêa, que participou da operação de prisão. Outro suspeito, de 62 anos, foi preso e um está foragido.
Os dois homens foram interceptados pela polícia na Rodovia Euclides da Cunha, logo na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo. De acordo com a PF, a dupla escondia no tanque de combustível de um Gol sete quilos de cocaína. “Tive que enfiar a mão no tanque para conseguir encontrar a droga, que estava lá no fundo”, disse Gouvêa. Os suspeitos foram indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
O cantor fez sucesso com o irmão no início dos anos 90, tocando no interior de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. “Eles ainda viajavam muito por causa dos shows”, explicou o policial, que ficou surpreso ao identificar o artista. “O que nos surpreendeu é que ele deveria estar fazendo shows”. De acordo com o policial, o cantor estava “deprimido” na delegacia porque lançaria um novo CD com o irmão. A reportagem não conseguiu localizar o advogado do artista, que já foi transferido para a cadeia pública de Santa Fé do Sul, a 625 km da capital paulista. De acordo com Gouvea, o cantor pegava a droga em Corumbá (MS) para distribuir em municípios paulistas. “Ele tinha contato com o fornecedor”. O policial contou que o cantor dirigia um EcoSport e era acompanhado do outro suspeito, que guiava o Gol. A investigação durou um mês. “Fechamos as entradas de São Paulo, sabíamos as placas. Quando nos viram, eles se esconderam e começamos a fazer as buscas”. Neste momento, o terceiro homem fugiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário