A passagem de Muricy Ramalho pelo Palmeiras não tem sido fácil para o treinador. Depois de liderar a competição por quase três meses, o técnico alviverde viu sua equipe cair de rendimento e perder a ponta da tabela. A celebrada gordurinha de cinco pontos de vantagem sobre o segundo colocado há tempos não existe mais. Hoje, ao invés disso, ele vê seu time correndo atrás dos concorrentes na briga pelo título do Brasileiro. E desabafa sobre a situação do Alviverde. - Estou pedindo a Deus (para ganhar o título). Queria trocar tudo o que tenho para conseguir isso para o Palmeiras porque as pessoas são corretas. E o mal não pode vencer o bem - disse Muricy, em tom emblemático. Nos últimos dias, o técnico tricampeão do Brasileiro pelo São Paulo viu sua equipe envolvida em confusões diversas. Primeiro, os boatos de ciumeira entre jogadores, relacionando o atacante Vagner Love. Depois, a briga em campo entre Obina e Maurício que culminou no afastamento dos dois atletas do clube. E, um dia antes de vencer o Atlético-MG, o ônibus que levava a delegação palmeirense de Itu para São Paulo foi alvo de uma emboscada - um grupo de cerca de 15 pessoas arremessou pedras e depredou o veículo. Por pouco Muricy não se machuca.
Dei sorte porque pressenti o negócio. O vidro ficou estilhaçado e eu me atirei. A pedra pegou onde estava - relembrou. Com 62 pontos na terceira colocação, o Palmeiras se mantém vivo na briga pelo título. A dois pontos do Flamengo, líder da competição, o Alviverde precisa que o rival carioca tropece, e ainda torce contra Internacional, segundo colocado, além de ter de vencer o Botafogo, domingo, no Engenhão. - Acredito e não desisto nunca. Tudo pode acontecer. Até essa semana, estávamos fora da briga pelo título porque não acreditavam que poderíamos reagir. O campeonato está equilibrado. É claro que pensamos nos erros, mas temos de jogar e arriscas. E vamos lutar - finalizou. (Globo Esporte)
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