Uma Corte da Flórida deve libertar nesta quinta-feira (17) o americano James Bain, de 54 anos, que passou mais de 35 anos na cadeia, condenado por atentado violento ao pudor contra um garoto de 9 anos, em 1974, informou a rede de televisão CNN. Testes de DNA solicitados pelo Instituto Inocência, uma organização dedicada a libertar pessoas condenadas erroneamente à prisão, mostraram que Bain não atacou e nem sequestrou o garoto. Os Estados Unidos já libertaram 245 pessoas da cadeia graças a testes de DNA. Desse grupo, Bain é o detento encarcerado há mais tempo. Ele tinha apenas 19 anos quando foi condenado. A mãe de James, Sarah Reed, que sofre de sérios problemas de saúde e depende de uma cadeira de rodas para se locomover, disse à CNN que é "difícil de acreditar" na libertação do filho: - Ele era apenas uma criança quando foi para a cadeia. Eu venho tentando aguentar firme, tenho passado por muitos problemas e pensava que não estaria mais aqui quando ele saísse da prisão. Melissa Montle, uma advogada do Projeto Inocência, afirmou que transmitiu a boa notícia a Bain na semana passada: - Quando contei, ele ficou muito quieto, depois disse que estava muito feliz e começou a chorar. Melissa também diz que Bain está ansioso por ver a mãe: - Ele se preocupa demais com a mãe e quer ir para casa para poder cuidar dela. Embora a Corte deva decidir pela libertação de Bain hoje, os aspectos finais da investigação continuarão a ser analisados. Uma nova audiência para livrá-lo de todas as acusações deve ser marcada para o ano que vem. Um porta-voz da Promotoria do Condado de Polk disse que os promotores quiseram que James Bain fosse libertado o quanto antes, preferencialmente antes do Natal: - É uma indicação de que, embora ele ainda não tenha sido totalmente inocentado, parece haver evidências suficientes para colocá-lo em liberdade. Não achamos que o senhor Bain deva permanecer mais tempo na prisão.
O garoto que teria reconhecido James Bain como o homem que o atacou hoje tem 44 anos e ainda vive na Flórida. De acordo com uma fonte próxima, ele já está sabendo da situação: - Ele está aterrorizado de que as pessoas saibam quem ele é. Uma pessoa o machucou e assustou muito, e o real culpado deve ser punido por isso. Somente em 2001 a Flórida passou a reabrir casos criminais com base em testes de DNA. James Bain teve que apelar cinco vezes até que seu caso fosse analisado novamente. (Informação R7)
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