Vamos nos imaginar hoje sendo paleontólogos. Sim, aqueles pesquisadores que estudam as espécies de vida que já existiram no planeta, a partir de seus fósseis. Quem nunca se interessou pela história dos dinossauros, ou dos nossos ancestrais humanos? Ou nunca se perguntou como se forma um fóssil, como se determina sua idade, em que região teria vivido? E sobre as diversas teorias da evolução?
-
Sendo um paleontólogo qual seria seu primeiro passo? Procurar pegadas que de alguma forma se fossilizaram? Ossos com milhares de anos? Bom, saibam que alguns desses profissionais se especiliazam a vida inteira em buscar os excrementos fossilizados de animais. É isso mesmo gente, o cocô, que recebe o charmoso nome de COPRÓLITO!
-
Por mais estranhos que possa parecer, as fezes de um animal podem ser valiosas fontes de informação sobre ele. Não é brincadeira não, pois ao estudar o “cocozinho” (que sendo fóssil nem tem mais o cheiro ruim) é possível identificar restos de alimento, como carapaças de insetos, pedaços de plantas e ossos de outros animais menores. Assim, olha que interessante: podemos conhecer o que aquele animal que viveu (ou passou) por ali comia e até mesmo que vegetação cobria aquele local. Mas não é só isso, através do coprólito (cocô fossilizado) podemos ter pistas sobre a saúde e o comportamento do animal. Isso pode ser feito se observar de que forma as fezes estão espalhadas numa região, pois, muita gente não sabe, mas são com elas que muitos animais fazem a marcação de território.
-
Vale a pena lembrar que depois desse tempão, essas fezes foram fossilizadas, se petrificaram e para estudá-los esses pesquisadores fatiam as fezes petrificadas com uma lâmina afiada e observam seus pedaços no microscópio, mas antes, observam atentamente a forma do coprólito, pois assim já conseguem definir o hábito alimentar do animal. Se era herbívoro, carnívoro ou onívoro (comia qualquer coisa). Fantástico, não?
-
No Brasil, muitos coprólitos de dinossauros e mamíferos extintos já foram encontrados e diversos estudos relacionados têm sido feito. E então pessoal, a partir de hoje fiquem atentos por onde andam: Não vai pisar no coprólito!!!
Pensaram que eu estava de brincadeira, né? Isso aí é um coprólito de Dicinodonte.
-
Mais um coprólito, desta vez de uma tartagura que viveu no cretáceo (140 milhões de anos atrás)!
-
Coprólito humano positivo para parasitos. Parque Nacional Serra da Capivara, PI.
Fonte: Diario de Biologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário